[MÚSICA] [MÚSICA] E as malformações do sistema central, uma vez instaladas, quem comanda, quem nos comanda é o sistema nervoso central. Então, nós temos as alterações do sistema nervoso central nas estruturas internas do sistema nervoso central, que, às vezes, ele pode acometer não deixando desenvolver, o sistema nervoso central e pode também destruir aquela parte que já está formada. Quando nós somos fetos, a nossa cabeça cresce por demanda. O nosso sistema nervoso, ele cresce, precisa de espaço, vai expandindo e, então, eu nasço com o meu perímetro craniano normal, com dimensões normais. Se nós temos algum tipo de problema intracraniano que, por deixar de formar o sistema nervoso central, ou foi destruído, não tem demanda para a formação da calota craniana, não tem demanda para a formação da pele. Então, nós vamos ter a microcefalia. É isso que ocorre. Quando tem a destruição, a calota craniana foi formada, nós temos já a cabeça fetal de tamanho adequado para a idade estacional, mas houve destruição. Então a pele já foi formada. Como é que eu sei que isso ocorreu? É que essa pele fica enrugada. Quando não forma, não tem formação, a pele fica lisa, a pele do couro cabeludo fica liso. Quando a destruição e o sistema nervoso central, meio que, encolhe, aí nós temos o pregueamento do couro cabeludo. Então existem formas do pediatra já até antecipar o que ocorreu dentro dessa caixa craniana, o que ocorreu com esse sistema nervoso central. O mais frequente, do que ocorre, é o que a gente vê; porque eu acredito que o mais frequente é não acontecer nada. Porque quando se fala que nós temos 80% das mães que têm infecção assintomática, eu quero crer que grande percentual dessas crianças não tem transmissão vertical. Agora, o que é mais frequente do que a gente vê são lesões do sistema nervoso central levando à microcefalia. E hoje, a gente nem fala mais, muito, na microcefalia. Por quê? Porque como a microcefalia ficou sendo como a lesão, a aparência. Porque a microcefalia, na realidade, não é doença. A microcefalia é o resultado de estruturas que estão faltando lá dentro. Então, ela diminui o volume porque não tem as estruturas que deveriam ocupar o espaço e dar uma dimensão normal para a caixa craniana. Eles não estão lá, ou estão, com uma formação diminuta. Então, nós temos microcefalia. Microcefalia é efeito, microcefalia é o iceberg dessas alterações. Então, o dano que existe lá dentro, nós temos lesão de ponte, nós temos de bulbo, lesões de córtex; que todas elas ocorrem uma frequência bastante elevada na criança que é comprometida, aquela infectada no início da gestação. Todas elas ocorrem com uma frequência muito grande. Os ecografistas. Por que que a gente nem fala muito mais na microcefalia? Porque os ecografistas fazem a avaliação da dimensão da caixa craniana. Se está com dimensão normal, ele nem aprofunda, para estudar o que é, o que está lá dentro na realidade. E ele deixa de fazer estudos que podem detectar algumas alterações. Porque, às vezes, se você tem tipo de alteração que aumenta o volume do líquido cefalorraquidiano, esse volume de líquido aumenta e a caixa craniana pode ser normal. Então, nem toda criança, severamente, comprometida tem microcefalia. Nós temos percentual pequeno de crianças, mas existe de que está comprometido e não tem microcefalia. Porque o tecido nervoso foi substituído por líquido e o líquido mantem a caixa craniana tamanho, com o seu diâmetro, próximo da normalidade, ou até mesmo normal. [MÚSICA] [MÚSICA] [MÚSICA]