[SEM_ÁUDIO] Olá a todos. Nessa décima aula nós vamos falar sobre o sautillé, mais golpe de arco com nome francês, que numa tradução livre seria mais ou menos saltadinho, algo assim. O sautillé então seria a terceira maneira base de a gente produzir os sons curtos. Então a gente já viu o martelé, vimos na aula passada o spiccato e agora a gente vai ver o sautillé. A peculiaridade do sautillé é que ele também funciona na metade inferior, como o spiccato, pouquinho mais próximo ao meio do que o spiccato, mas ele essencialmente é na metade inferior, mas o tal do saltadinho na verdade é uma ilusão, porque o que acontece é que a crina está sempre contato com a corda e a madeira é que entra numa ressonância e dá a impressão de que está [BARULHO] Então no spiccato o arco sai da corda realmente; no sautillé não. O que acontece é que eu tenho a madeira pulando. Isso que dá aquela mordida na corda e o som, o tal do saltadinho soa curto. Ele tem uma característica interessante que é, ele não funciona muito lento porque eu preciso de uma certa velocidade para o arco começar a querer pular. Então ele é o contrário do martelé, que não funciona muito rápido, ou ele tem limite baixo de velocidade. O sautillé ele só começa a partir de uma certa velocidade e geral ele vem a partir da velocidade que o spiccato também começa a não funcionar. Então eu teria o martelé golpe mais lento, o spiccato com uma faixa maior e o sautillé só acima de uma certa velocidade. Então vamos entender a mecânica do sautillé. A primeira coisa que eu tenho que pensar é que eu preciso ter contato bom, imaginar o peso aqui do cotovelo se comunicando aqui com o meu indicador. Então eu eu não fico suspenso, eu fico encaixado, eu sinto esse apoio de peso e uma certa angulação. Se eu ficar com o pulso muito plano eu vou ter dificuldade, porque esse movimento não funciona bem. O sautillé é essencialmente produzido pelo pulso, mas não nesse sentido e sim nesse sentido. Então tem mais a ver com o movimento básico cinco do Carl Flesch. Eu inclino pouquinho a mão, eu fico na posição normal com essa inclinação, encaixo o peso aqui e eu começo fazendo movimentos para baixo e para cima Então é esse movimento, mas eu estou sempre encaixado aqui, eu não fico suspenso. Eu encaixo o peso e começo lento. Lento o arco não pula. Aqui nessa velocidade ele começa a ter essa articulação, ele fica bem marcado. Assim como o spiccato, o sautillé eu vou variar de acordo com a dinâmica que eu quero conseguir. Então exemplo, eu estou fazendo aqui na terceira corda da viola sautillé mezzoforte, se eu quiser mais piano eu me afasto do talão do cavalete. E se eu quiser mais forte eu me aproximo do cavalete e do talão, exatamente como no spiccato, só que no sautillé tudo acontece deslocado pouco mais direção a ponta. Então se o spiccato mezzoforte acontece por aqui, isso aqui para o sautillé seria a região do sautillé fortíssimo. A região que eu normalmente faria o spiccato pianíssimo é a região boa para fazer o sautillé mezzoforte e o sautillé pianíssimo vai ser para cima do meio. O importante é pensar que o sautillé é movimento que se origina no pulso, arco na corda, peso encaixado. Então para adquirir esse movimento muita gente acha que é difícil. Não, não é tão difícil. Você entende o fundamento, você consegue fazer. O importante é começar lento e mantendo o relaxamento do movimento de pulso, e aí aos poucos, uma vez que você tem esse movimento, o desafio é coordenar o movimento do pulso com o movimento dos dedos. Então se você pega algum exercício simples, e você começa repetindo, por exemplo, quatro vezes cada nota, como no opus dois, do Sevcik. Então eu tenho tempo de fazer o movimento e o dedo mudo mais lento. Depois eu posso fazer de duas Posso fazer três. E finalmente. E eu vou ajeitando sempre o nível do cotovelo cada vez que eu mudo de corda. Está bom? Bom treino. Até a próxima aula. [SEM_ÁUDIO] [SEM_ÁUDIO] [SEM_ÁUDIO]