[MÚSICA]
[MÚSICA] Quando é publicada uma pesquisa, a forma
de noticiar os avanços que essa pesquisa nos trouxe muitas vezes é exagerada.
Pega-se o que é mais chamativo, aquilo que mais prende a nossa
atenção e aí então é noticiado e muitas vezes de forma até distorcida.
Isso não ocorre somente no jornalismo, mas também na pesquisa científica.
Quando os autores citam o resultado de uma pesquisa de
outro autor é comum ocorrer a citação de citação.
Ou seja, esse autor não vai na fonte original, confia no que outro
autor falou sobre aquela fonte original e sai propagando aquelas informações.
Isso tem gerado exageros e informações que não tem fundamento
científico e foi brilhantemente comprovada em um artigo publicado
2009 na revista BMJ, que se mostra que no momento de fazer citação
de citação muitas vezes os autores incorrem colocar mentiras que não
estavam presentes na pesquisa original trazida pela pesquisa publicada.
Nem tudo o que está publicado é válido.
Uma associação entre autismo e vacinação que foi comprovada já como inexistente,
não existe essa associação e já foi comprovada por diversas pesquisas.
Foi publicada inicialmente em 1998 na revista Lancet,
um dos periódicos de maior prestígio em todo o mundo.
Essa pesquisa foi retratada, ou seja, foi retirada de publicação em 2010.
Se comprovou que a pesquisa tinha falhas relevantes,
muito importantes e que não permitiriam chegar aquelas conclusões,
porém o estrago dessa publicação científica já estava feito.
Até hoje as correntes antivacina representam um perigo importante
em saúde pública, tem causado problemas de saúde e mortes por
por doenças que há controle efetivo por meio da vacinação.
No aparecimento de boatos e controvérsias,
as mídias sociais e a mídia organizada tradicional tem papel fundamental.
À mídia tradicional, se atribui papel de mediadora e imparcial que não condiz.
Em nome de uma alegada imparcialidade, são apresentadas notícias
sobre dados que se tem fatos suficientes, como algo de dúvida ou fatos
que não se tem informações suficientes, como a verdade absoluta.
As grandes corporações aproveitam-se dessas controvérsias para propagar
dúvidas acerca de fatos que já temos informações suficientes que são nocivos,
como o caso do tabaco, dos agrotóxicos e dos efeitos danosos do aquecimento global.
Essa aversão pelo que nós não conhecemos,
ou pelo que acreditamos que não é a realidade, não é a verdade,
cria uma bolha de informação muito difícil de ser transponível.
Atualmente temos bastante conhecimento,
temos muita informação em que podemos facilmente chegar à conclusão
se determinado fato condiz ou não com a verdade.
Porém, com todas essas controvérsias e a tendência crescente de boatos
é muito difícil hoje dia de se resolver com objetividade as dúvidas que nós temos.
As ferramentas que estamos aprendendo nesse curso de
Saúde Baseada em Evidências tendem a facilitar a conclusão e
a análise dessas evidências e esperamos que o curso esteja ajudando nesse ponto.
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