[MÚSICA] [MÚSICA] Olá. Nessa aula falaremos sobre tipos de estudo. Existem diferentes maneiras de elaborarmos perguntas e assim, consequentemente, diferentes modos de respondê-las do ponto de vista epidemiológico. Nesse vídeo nós falaremos sobre os principais tipos de estudo que estão envolvidos na elaboração dessas respostas. Nós temos dois tipos de estudos principais, os estudos experimentais e os estudos observacionais. Os estudos observacionais são aqueles em que o pesquisador apenas está observando, ou seja, ele não faz nenhuma intervenção em relação ao contexto que ele está estudando. Já os estudos experimentais, ocorre um experimento, então ocorre uma artificialidade daquele contexto para que se possa fazer uma experimentação. Pois bem, dentre os estudos experimentais destacam-se na área da saúde o ensaio clínico randomizado. Esse estudo ele é muito importante quando precisamos tomar decisões acerca de tratamento e também sobre prevenção. Um exemplo de intervenções de tratamento refere-se ao uso de medicamentos, por exemplo. Já no contexto de tomada de decisão sobre prevenção, outro exemplo seria o uso de vacinas. Cabe destacar que nem tudo é possível randomizar, então temos que recorrer a estudos observacionais para que possamos também fazer aferições na área da saúde. Dentre os estudos observacionais nós temos os estudos de Coorte, os estudos do tipo Caso-Controle, os estudos transversais, também temos os estudos relato de caso e série de casos, assim como também os estudos ecológicos. Quando precisamos de estudo de Coorte? Normalmente nós fazemos uma comparação entre a população exposta e a população não exposta. Usamos esse tipo de estudo quando precisamos tomar decisão acerca de ou queremos identificar algum tipo de fator de risco na área da saúde. Os estudos do tipo Caso-Controle, eles são delineados da seguinte forma: eu tenho grupo de doentes, comparo com grupo de pessoas não doentes e eu vejo no passado quais são as exposições que aconteceram com esses indivíduos. Esses estudos são bastante úteis quando eu quero identificar a etiologia de uma doença na população, como recentemente nós tivemos no caso do Zika vírus aqui no Brasil. Há momentos também que precisamos tomar decisões na área da saúde de uma perspectiva mais gerencial, que as informações sobre a prevalência, ou sobre a frequência de doenças numa população, ela é muito importante. Quando estamos nesse cenário, nós recorremos aos estudos transversais. Nesses estudos, o investigador ele entra em contato com o indivíduo que está sendo pesquisado uma única vez. Frequentemente o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística realiza essas aferições na população. A cada cinco anos, em 2013 em 2018, ocorre também a Pesquisa Nacional de Saúde que estima, por exemplo, que a prevalência de depressão na população está em torno de 10%. Existem momentos também em que a frequência daquilo que está sendo estudado, que se quer investigar, é muito baixa. Então nesse cenário nós acabamos recorrendo aos estudos do tipo relato de caso, ou série de caso. São aqueles fenômenos que ocorrem muito dificilmente na população, como uma doença nova, algo totalmente inesperado na medicina. Também é possível fazer aferições de maneira agregada nas populações. Ou seja, eu quero comparar algum indicador de saúde entre diferentes municípios. Comparar, por exemplo, o índice de violência entre diferentes localidades. Esse tipo de estudo nós chamamos de ecológico e eles são muito importantes para levantar novas hipóteses sobre alguma questão em saúde. Onde existe a dificuldade? Por vezes, a pergunta ela não vem casada ou vem junto com a evidência de suporte. Na maior parte das vezes elas são divergentes, ou seja, um exemplo, eu quero tomar decisão acerca de um tratamento e só tenho o relato de caso. Então é uma evidência muito fraca para esse tipo de tomada de decisão. Qual é a dica? É sempre ficar atento que tipo de evidência você precisa para sua tomada de decisão. Se você conseguir fazer isso com sucesso o seu processo de tomada de decisão será muito mais seguro. Até mais. [MÚSICA] [MÚSICA] [MÚSICA] [MÚSICA] [MÚSICA] [SEM_SOM]