[MÚSICA] [MÚSICA] Olá, seja bem-vindo a última aula do nosso curso. Agora, vamos fazer uma entrevista para mostrar na prática os conteúdos vistos aula. Vamos entrevistar a engenheira química Isabel Antelo. Ela fez especialização administração pela PUC e especialização gestão de projetos pela Fundação Vanzolini. Ela possui 30 anos de experiência trabalhando projetos industriais, desde a área técnica até a área de gestão de projetos. Espero que goste. [ÁUDIO_EM_BRANCO] >> Bom, primeiro a definição do escopo e se esses escopo está todo contemplado no orçamento e também a clara definição de premissas para o desenvolvimento do orçamento. Então, as bases dessa estimativa, elas devem ser muito bem construídas. [ÁUDIO_EM_BRANCO] Eu participei de projeto de ampliação de uma fábrica de fertilizantes cujo projeto conceitual, na época, foi desenvolvido com base no processo industrial existente. Portanto, como projeto conhecido do cliente e com farta documentação, foi fácil para que nós conseguíssemos elaborar estimativas muito bem detalhadas. E, por isso, nós atingimos CAPEX com uma precisão superior à precisão que aquela fase de projeto exigia. Então, esse foi com certeza, dentro da minha experiência, o orçamento com o grau de precisão maior que eu vi. [ÁUDIO_EM_BRANCO] Normalmente, na minha experiência projetos industriais, nós utilizamos por entregas. A EAP é dividida por entregas. Normalmente são projetos grandes, onde subdividimos áreas de trabalho e aí detalhamos as entregas. Eu já tive a oportunidade de trabalhar num período menor empresas de outro setor onde, por exemplo, na área de tecnologia, de informação, eu já vi cronogramas por fase de desenvolvimento. Então, você estabelece ciclos de desenvolvimentos de software e determina, então, por fases. Normalmente, nos projetos industriais, nós fazemos por entregas. Isso está dentro da minha experiência. Muitas vezes, nós somos otimistas traçar cenários, que os problemas não vão acontecer ou que existem folgas muito pequenas. Prazos curtos, às vezes, cedemos às pressões externas, pressões de clientes para que determinadas atividades sejam feitas prazos muito curtos e, muitas vezes, irreais, principalmente quando você depende de terceiros, de fornecedores. Cronograma que não tenha premissas muito claras, muito bem elaboradas e, muitas vezes, cronogramas muito detalhados e que depois, projetos grandes, para você conseguir mantê-los atualizados, manter esse cronograma atualizado, gera esforço muito grande e acaba também ser difícil de acompanhar e tornando o cronograma uma ferramenta inútil. [ÁUDIO_EM_BRANCO] Eu tive a oportunidade de trabalhar utilizando a metodologia FEL, então tanto nas fases de projeto conceitual, como na fase de projeto básico, nós detalhamos planos da qualidade para empreendimento, determinando qual a forma de acompanhar, traçando índices de performance para engenharia, para construção e montagem, determinando procedimentos de qualificação de fornecedores, de inspeção fornecedores, de inspeção recebimentos dos materiais e equipamentos adquiridos na fábrica. [ÁUDIO_EM_BRANCO] Porque é Front End Loading que chama. Então é bastante comum no ambiente de projetos, onde você define as fases de estudo do negócio si, que seria a fase de FEL vamos dizer assim, FEL dois seria o projeto conceitual, onde você define tecnologias que você vai empregar para desenvolver determinado processo. Nessas fases você tem gates. Então, portas de passagem. Então, você vai traçando o seu orçamento e vai utilizando nesse portão, nesse kill gate, e aí toma-se a decisão se o projeto continua para a próxima fase ou não. Então, você sai da análise de negócio, passa nesse kill gate, vai para projeto conceitual, onde você detalha esse negócio, define quais as tecnologias que você vai empregar, faz orçamento e aí ele tem uma precisão, passa num novo kill gate, vai para projeto básico, onde você faz realmente projeto daquelas tecnologias que você já definiu na fase anterior. Aí, com base nisso, você faz estimativas mais precisa, mais detalhadas, e elabora novo orçamento, aí você passa pelo último kill gate, o último portão de passagem até que você tenha a liberação da verba e aí você pode, finalmente, executar o seu projeto. Aí você faz o projeto detalhamento, adquire os equipamentos, adquire os materiais e faz a implantação. Então, normalmente, é dividido quatro fases, nós chamamos de FEL dois, três e quatro. [MÚSICA] [MÚSICA]