[MÚSICA] [MÚSICA] Quatro seguimentos, mas espera aí, está faltando alguma coisa né. A gente só falou basicamente dos seguimentos que os ativos financeiros são comprados e vendidos no momento presente que a gente chama de mercados a vista. Os "mercados spot". Não é? Mas existem uma série de outras uma série de outros ativos financeiros que tem uma característica pouco diferente. Esses ativos eles também tem papel muito importante dentro da estrutura dos mercados financeiros. Porque? Porque eles vão permitir que aja negociações no presente para entrega de ativos no futuro. Que coisa interessante. O que que significa isso? Significa que os agente hoje podem negociar nesse seguimento dos mercados financeiros ativos de interesse, mas que só serão efetivamente trocados transacionados comprados e vendidos no momento lá na frente no futuro. A característica principal desse seguimento, que é essa de definir no momento presente o preço de compra e venda de ativo lá na frente é o seguimento conhecido como o seguimento de derivativos. Esse é seguimento bastante complexo, e é seguimento que, e essa complexidade ela surge exatamente porque o ativo que vai ser transacionado lá na frente pode ser qualquer coisa. Ou seja, qualquer outro ativo do mercado financeiro pode ser ativo chamado ativo subjacente de derivativo. Daí o nome, não é? Derivativo é ativo que deriva de outro ativo. E na verdade derivativo pode derivar de conjunto de outros ativos, ou seja, há uma gama enorme de possibilidades de criação de derivativos nos mercados de derivativos. Para a gente entender pouquinho melhor do que eu estou falando vamos classificar algumas operações mais comuns nos mercados de derivativos. Operação bastante comum, o tipo de ativo ou de derivativo muito comum são os contratos futuros. Os contratos futuros permitem as partes que estão negociando neste contrato definir hoje o preço a que o ativo subjacente será vendido no futuro. Três meses a frente, seis meses a frente, 40 dias a frente. Enfim, o prazo de vencimento, ou o prazo de exercício do derivativo é definido também na negociação ou na formalização desse derivativo se ele tiver transação por bolsas como é o caso dos contratos futuros. Então o interessante aqui é que hoje a negociação é realizada, o contrato é fechado, as parte tomam parte comprada ou parte vendida neste tipo de derivativo, e lá adiante já saberão por que preço negociarão o ativo subjacente. Esse preço é o preço de exercício, e o ativo subjacente pode ser uma ação de uma empresa, pode ser índice de ações, pode ser uma moeda digital, pode ser metal. Aço, pode ser ouro, pode ser cobre, pode ser petróleo, e pode ser também uma commoditie como por exemplo o açúcar, o café, o gado. Nós temos aí derivativos e no caso contratos futuros de não só derivados de ativos financeiros mas também derivados de ativos reais. Certo? Que são as commodities que formam uma parte aí significativa dos mercados de derivativos no mundo e no caso Brasil também. Então os contratos futuros são interessantes porque por exemplo, exportador que vendeu seu produto e vai receber dolares. Ele vai receber o pagamento pelo produto daqui a noventa dias porém, ele não consegue saber hoje por quanto ele conseguirá vender esses dólares no mercado de cambio à vista daqui a noventa dias. Então o que ele faz hoje? Bom, ele está interessado ter segurança, ele não quer ficar exposto a variação do preço do dólar lá na frente. Então hoje ele vai assumir por exemplo contrato futuro a posição de vender dólares daqui a noventa dias por preço "X", que será o preço de exercício. Do outro lado tem alguém que está apostando no fato de que o dólar no mercado futuro, desculpe, o dólar no mercado a vista lá na frente, no futuro, estará mais alto do que "X". Portanto, ele vai comprar por "X" e vender por mais que "X" no mercado à vista daqui a noventa dias. Esse sujeito que faz esse contraparte normalmente é especulador. E o sujeito que busca segurança normalmente é o hedger. o sujeito que vai buscar o hedge, a segurança, o travamento, ou a tentativa de minimizar o efeito da flutuação do preço do ativo subjacente lá na frente. Então isso pode ser feito por meio de contrato futuro, pode ser feito por meio de uma opção de compra, de venda, pode ser feito por uma opção do tipo americana, do tipo europeia. Isso também, essas transações a futuro podem ser realizados com derivativo do tipo swap. Então nós temos aí basicamente esses três tipos. Não vamos ter tempo hábil para entrar detalhes infelizmente apenas para a gente entender os mercados de derivativos eles tem papel fundamental dentro da estrutura dos mercados financeiros que é essa de possibilitar negociações no momento presente com o travamento do preço do ativo subjacente no futuro. O que dá oportunidade para aqueles agentes que querem segurança, que não querem estar sujeitos a variação dos preços dos ativos no futuro encontrarem essa segurança. Assim como dá oportunidade para aqueles agentes que buscam oportunidades de ganho por meio da volatilidade, por meio da variação do preço dos ativos no futuro terem a oportunidade de realizarem esses ganhos, e nesse caso estou falando basicamente dos especuladores. Então os especuladores também tem papel muito relevante todo o processo de negociação dos mercados financeiros, e principalmente no seguimento de derivativos. Então, basicamente a gente tem esses cinco seguimentos. O seguimento de derivativos é seguimento que pode ter como ativo subjacente desde moedas estrangeiras até ações, e índices de ações, commodities. Certo? Ou seja, uma gama muito grande de ativos podem dar origem a derivativos, composição de ativos podem gerar outro derivativo. E apenas para fazer alusão a caso recente a gente tem aí como uma das fontes principais da ultima crise financeira de 2007, 2008, uma bolha especulativa no mercado de derivativos que começou com as hipotecas americanas de baixa qualidade, ou seja, de alto risco, a subprime. Derivativos foram sendo criados a partir dessas hipotecas e foram gerando uma estrutura muito arriscada e que foi negociada muitas etapas dentro da estrutura dos mercados de derivativos de tal forma que, quando o ativo subjacente perdeu o seu lastro ou seja, as pessoas deixaram de pagar as suas hipotecas isso gerou efeito bola de neve dentro da estrutura de derivativos, e produziu toda a crise que nós conhecemos e acompanhamos nos anos de 2007 e 2008. [MÚSICA] [MÚSICA]