[MÚSICA] [MÚSICA] Vamos agora explicar como a Gestão da Qualidade evoluiu ao longo do tempo. Usando contexto histórico da Gestão da Qualidade, a gente começa com a era da Inspeção, ou seja, o ponto básico aqui é verificar se o produto está bom ou ruim. E isso acontece, normalmente, ao final da produção. Então, a gente tem uma visão reativa da área de qualidade. Ou seja, a área de qualidade inspeciona o produto, verifica se ele está bom, e se ele estiver ruim, manda para retrabalho ou joga fora e a ênfase toda que se dá é no produto, é olhando o produto com a visão reativa. Métodos são instrumentos de medição, e o papel dos profissionais da qualidade nada mais é do que inspecionar, avaliar e classificar se aquele produto vai para o nível A de qualidade, nível B ou C, e assim por diante. O departamento responsável é basicamente o departamento de Controle de Qualidade. É ele que verifica, é ele que diz se aquele produto tem qualidade, ou não, para atender às necessidades daquele cliente e a orientação, logo, é inspecionar. Evoluindo da inspeção a gente vai para o Controle de Processo, ou seja, aqui o ponto básico é controlar. Controlar para quê? Para prevenir, ou seja, eu passo a dar uma ênfase maior nos meus processos, ou seja, eu controlo os meus processos para evitar que o meu processo produza produtos ou serviços defeituosos. Para isso, eu uso Técnicas Estatísticas como controle estatístico do meu processo. O papel dos profissionais da qualidade aí é solucionar problemas e garantir o controle do processo através dos métodos estatísticos de controle de qualidade. Não é só responsabilidade agora da área de qualidade garantir a qualidade do produto ou serviço, mas também, principalmente, da área de produção, que passa a ter papel ativo, pois é a área de produção que controla o processo. É ela que está ali, a área de qualidade treina e planeja todo o controle do processo junto com a área de produção. A orientação passa a ser então controlar. Surge então uma nova era, a era da Garantia da Qualidade. E ela surge exatamente quando a gente começa a trazer as normas ISO9000 ou normas de algumas outras empresas específicas de alguns setores, como da indústria automobilística e outros setores do mercado. O ponto básico da garantia da qualidade é a coordenação sistêmica, é olhar para a qualidade com uma visão mais sistêmica, ou seja, o problema é enfrentado de forma mais proativa e eu não olho só para o processo ou para o produto, eu olho do projeto do produto até ele chegar no meu mercado. Os métodos, como a gente já disse, são programas e sistemas de qualidade como a própria ISO9000. O papel dos profissionais de qualidade é medir a qualidade, mas também planejar e treinar as pessoas no cumprimento desses programas desse planejamento de qualidade. Todos os departamentos passam a ser responsáveis pela qualidade e a orientação passa a ser muito mais construir a qualidade. Uma abordagem ainda mais evoluída é a abordagem de olhar para a qualidade com uma visão muito mais estratégica, ou seja, o ponto básico é olhar para o impacto estratégico da minha empresa. E aqui, a gente tem exemplos como a Toyota, que pegou a bandeira da qualidade e definiu como sendo o principal ponto de diferenciação do seu produto no mercado. A visão é olhar para novas oportunidades de mercado. A ênfase está sempre no consumidor, na necessidade daquele consumidor dentro do mercado. Métodos de planejamento estratégico aonde a gente desdobra todas as melhorias e metas todo o planejamento estratégico da corporação. O papel dos profissionais da qualidade é, então, definir metas, educar as pessoas, treinar as pessoas e estar sempre atento às necessidades do mercado. Da mesma forma, todos os departamentos são responsáveis pela qualidade. E a alta liderança tem papel fundamental garantir uma boa qualidade dentro dessa empresa. A orientação é muito mais gerencial e transformadora. Volto a repetir, com papel fundamental da alta liderança. [MÚSICA]