[MÚSICA] [MÚSICA] [MÚSICA] Olá. Vamos dar início hoje a nossa segunda aula do curso de gestão de negócios esportivos. Sejam bem vindos todos de volta. Apenas para relembrar, na aula passada, que foi a primeira aula, a gente abordou o aspecto da indústria do esporte e do ambiente de negócios esportivos, os aspectos macro ambientais que influenciam e afetam todas as instituições, entidades, organizações, empresas, enfim, que atuam dentro da indústria do esporte. Mas hoje a gente vai falar de aspecto pouco mais específico que é sobre a organização do sistema esportivo. Então como que as instituições que compõe nacional e internacionalmente o sistema esportivo se ordenam e estão vinculadas do ponto de vista hierárquico e de obediência a regras e regulamentos. A aula de hoje vai ser dividida duas partes. A primeira delas para falar sobre a organização internacional do esporte e a segunda parte para falar da organização nacional, dentro do Brasil, do esporte, das instituições. Então a primeira coisa quem a gente tem que entender do ponto de vista da organização internacional do esporte é que não existe, da mesma maneira que existe outras áreas, como por exemplo, a saúde e outros aspectos, organização mundial da saúde, organização mundial do comércio, não existe sob a tutela das Nações Unidas uma organização mundial esportiva. Ou seja, órgão responsável por definir regras, regulamentos, práticas do esporte do ponto de vista global e internacional. Então quem seria a principal autoridade internacional do ponto de vista esportivo? Seria o Comitê Olímpico Internacional, o COI. Que é quem de fato é o principal órgão do ponto de vista global, mundial e das modalidades esportivas. Quem tem poder, por exemplo, quem organiza o movimento olímpico, os jogos olímpicos e assim sucessivamente. Paralelo ao COI, mais especificamente relação às modalidades, existem as federações internacionais esportivas. Então a gente tem a Federação Internacional de Basquetebol, a Federação Internacional de Natação, a Federação Internacional de Futebol e assim sucessivamente para cada uma dessas modalidades. Então esses são os principais órgãos, instituições, entidades, que organizam, que representam o esporte globalmente. Do ponto de vista do encadeamento de vínculos. Isto é importante a gente entender. Que esse sistema internacional, ele afeta o sistema nacional, que a gente vai abordar na segunda metade dessa aula, porque existe esse encadeamento, existe vínculo estabelecido, hierárquico, que cada uma das organizações dentro de cada uma das suas esferas está submetido às regras da esfera superior. Então a gente está falando aqui, por exemplo, vamos entrar na esfera nacional. O Comitê Olímpico Brasileiro, o COB, ele se submete ao Comitê Olímpico Internacional, do ponto de vista de regras e regulamentos. Ou seja, ele aceita as regras estabelecidas pelo Comitê Olímpico Internacional para que ele possa então se vincular formalmente, enfim, e participar das competições promovidas pelo COI. Da mesma maneira, se você pensar uma federação internacional de uma determinada modalidade, então vamos pensar na FIFA, Federação Internacional de Futebol. A Confederação Sul-Americana de Futebol, a CONMEBOL, para que ela seja aceita formalmente pela FIFA, ela se submete às regras estabelecidas pela FIFA. A Confederação Brasileira de Futebol, está submetida às regras estabelecidas pela CONMEBOL e assim sucessivamente você chega nas federações estaduais e última análise, os clubes. Agora, é importante dizer que esta participação neste sistema esportivo quando você entra neste encadeamento de vínculos, ela não é obrigatória por definição. Ela é algo estabelecido, é voluntária última análise, pelo menos tese, quer dizer. As instituições não são obrigadas a participar deste sistema, elas não são obrigadas a se submeter a este sistema. O que ocorre na prática, o que ocorre de fato é que as instituições participam justamente função deste encadeamento de vínculos. Por que? Porque para, vamos imaginar clube, ou atleta, para que o atleta possa participar dos jogos olímpicos ele precisa estar vinculado a clube, que está vinculado a uma federação estadual, que está vinculada a uma confederação nacional, que está vinculada a uma confederação continental, vinculada a federação internacional da modalidade que se submete as regras estabelecidas pelo Comitê Olímpico Internacional. Então apesar de não ser uma obrigatoriedade todos os que desejam participar, do ponto de vista de alto rendimento, de competição, do esporte profissional formal devem participar deste sistema. Agora a adesão a este sistema é voluntária. Quem escolhe participar deste sistema é a própria instituição esportiva, seja ela uma federação, clube, uma confederação, que por meio de seu estatuto estabelece que aceita as regras do órgão superior. Então isto é muito importante a gente entender para que fique claro o aspecto da hierarquia e destes vínculos existentes entre as instituições esportivas, do ponto de vista internacional até chegar na esfera nacional, regional, enfim. E o mesmo vale para a justiça esportiva, quer dizer, este encadeamento também existe na justiça esportiva. Então existem todos os tribunais de justiça esportiva regionais, nacionais, enfim. Mas que estão submetidos a regras internacionais das modalidades, as regras são únicas do ponto de vista global cada uma das modalidades. Então existe a corte arbitral do esporte, que faz regimento internacional das regras esportivas e a quem última instância pode-se recorrer para resolver qualquer aspecto, ou qualquer divergência esportiva. Existe o caso do atleta Dodô, por exemplo. Foi atleta de futebol, na época atuava pelo Botafogo, foi flagrado no exame anti doping e enfim, a agência de anti doping ingressou com uma denúncia contra ele. Ele foi julgado nos tribunais nacionais e foi suspenso por prazo que não satisfez a agência anti doping. O que que ela fez? Ela recorreu à corte arbitral do esporte, ou seja, recorreu internacionalmente, a corte arbitral analisou, reavaliou o caso e elevou a suspensão dele de tal maneira que ele teve que cumprir a suspensão estabelecida internacionalmente. Então veja que determinado momento isso transcendeu o aspecto da linha esportiva de determinado país, as esferas de tribunal de determinado país para chegar na corte internacional que deu então o julgamento final. Então esse encadeamento também existe dentro da justiça desportiva. Então só para a gente fazer uma síntese dessa primeira parte da aula, a gente está falando aqui da organização do sistema esportivo e esta primeira parte a gente tratou da organização internacional do esporte. Dizendo então que a esfera principal, ou seja, a instituição principal de regimento do esporte internacional é o Comitê Olímpico Internacional, do ponto de vista macro. E ainda você tem as federações internacionais quando a gente vai analisar cada uma das modalidades. E abaixo destas instituições então tem todo encadeamento de vínculos e responsabilidades estabelecida entre cada uma das instituições que compõe cada uma das esferas, seja continental, nacional, regional, até chegar nas entidades de práticas desportivas, ou seja, os próprios clubes e os atletas. Ou seja, todo mundo deve respeitar esta hierarquia estabelecida por este sistema esportivo. Na segunda parte da aula a gente vai falar então da organização nacional do esporte. Até já. [MÚSICA]