A informação está por toda a parte. O acesso ao conhecimento não é mais restrito a espaço específico como a escola, a biblioteca ou museus. Qualquer pessoa pode facilmente ir atrás de informações na internet e aprender algo novo sozinho. Essa facilidade de acesso às informações transforma as nossas habilidades? Se antes precisavamos memorizar tipo de conhecimento hoje temos ele ao alcance de nossas mãos. Quem nunca esteve entre amigos e ao surgir uma curiosidade em relação à data ou lugar específico rapidamente acessou à resposta pelo celular? Será que diante da democratização desses suportes e de sua utilização diária o modelo de aprendizado fundamentado na memória se torna obsoleto? É bom ponto para reflexão, não é mesmo? Se isso for verdade a escola deverá acompanhar essa mudança? E não basta apenas colocar a tecnologia dentro da escola. A transformação exige planejamento estratégico. Alguns aspectos da organização escolar como: espaços de aprendizagem, formação de professores, formas de produzir e transmitir conhecimentos, deverão ser ajustados para possibilitar novas experiências aos alunos. Isso implica investir em formação de pessoas e de equipes além da infraestrutura adequada às novas relações de aprendizagem. E como já foi alertado em 2012 colocar a tecnologia do século XXI em escolas do século XII é verdadeiro empreendimento. Simplesmente inserir computadores na escola não vai alterar em nada a situação, pelo contrário, pode até gerar resultado negativo. A melhor estratégia que as escolas estão encontrando nesse momento é uma combinação entre tecnologias novas e tecnologias antigas. Podemos considerar tecnologias novas e emergentes: dispositivos móveis, computação em nuvem, conteúdo livre, inteligência coletiva, ambientes colaborativos, aprendizagem baseada em jogos, laboratórios móveis, ambientes pessoais de aprendizagem, grades de cursos abertos online, entre tantos outros. Combinar ensino presencial com ensino online por meio de uso de plataformas que não excluem o espaço tradicional da sala de aula e o relacionamento com o professor é o que conhecemos por ensino híbrido. Em suma, para a maioria das escolas os modelos de transição sustentadas são os mais indicados pois possibilitam uma transição sem grandes abalos. No entanto, escolas que tenham condições de ousar podem experimentar modelos emergentes, sobretudo em projetos experimentais. Nesse processo poderão descobrir novos caminhos para a inovação e originalidade.