[MÚSICA] [MÚSICA] Olá, eu vou falar sobre os determinantes demográficos e sociais da oferta de mão de obra. Vou seguir o seguinte esquema. Primeiro, o crescimento da população. Segundo, mudanças na distribuição da população por idade e sexo. Terceiro, conceitos de PIA, PEA, ocupação e desemprego. Quarto, condição de atividade, taxa de participação, ocupação e desemprego. E quinto, evolução da condição de atividade. A oferta de mão de obra depende do crescimento da população, de sua estrutura etária e das taxas de participação por idade e sexo. Define-se população o conjunto de pessoas que residem determinado país. A população brasileira tem experimentado profundas transformações que vem afetando seu crescimento e sua composição por idade. O declínio da fecundidade repercutiu no crescimento da população, que vem crescendo a ritmo menor e, consequentemente, a proporção de crianças diminuiu e as proporções de pessoas adultas e idosas aumentaram, o que está levando a processo de envelhecimento da população. Esse gráfico mostra a evolução da população brasileira e podemos observar que a população brasileira passou por rápido crescimento populacional entre 1940 e 1960. O crescimento da população deveu-se, sobretudo, ao crescimento da população urbana. As áreas rurais apresentaram taxas negativas de crescimento populacional. O segundo item são nas mudanças na distribuição da população por idade e sexo. No Brasil, tem-se observado modificações importantes no padrão etário da população. A distribuição por idade e sexo permite avaliar se a população está envelhecendo, ou seja, como se modificam as participações dos grupos etários quinquenais na população total. A pirâmide etária, que consiste na justaposição das distribuições da população masculina e feminina, segundo os vários grupos etários, que, do lado direito, se dispõe as proporções de mulheres e, no lado esquerdo, as dos homens, ambas com relação à população total, ilustra estas mudanças na população. Assim, se a pirâmide é de base larga e ápice estreito, trata-se de uma população jovem. Como a estrutura etária da população é influenciada pelas taxas de fecundidade, se a fecundidade se reduz, nascem menos crianças e a base da pirâmide vai se estreitando chegando, inclusive, a mudar de formato. O gráfico dois ilustra as mudanças no formato das pirâmides etárias do Brasil entre os anos de 1980 e 2010. Observa-se no gráfico que as pirâmides etárias de 1980 e 2010 são bastante diferentes. A de 1980 possui uma base larga, que vai se estreitando na medida que se considera faixas maiores de idade. Este tipo de pirâmide caracterizava uma população com alta fecundidade. Já a pirâmide de 2010, do lado direito, mostra claramente estreitamento na base, refletindo a redução da fecundidade nas décadas anteriores. A parte mais larga da pirâmide, nas faixas de 10 aos 34 anos, reflete a queda da fecundidade desde os anos 70 e mostra o processo de envelhecimento da população, na medida que se consolida o regime demográfico de baixa fecundidade. O gráfico três mostra o forte declínio das taxas de fecundidade no Brasil entre 1940 e 2010. Observa-se que a taxa de fecundidade das mulheres idade reprodutiva que era, média, de 6,2 filhos por mulher 1940, caiu para 1,9 filhos por mulher 2010. O gráfico seguinte ilustra o comportamento da população brasileira para os grupos etários de 0 a 14 anos, azul. De 15 a 64 anos vermelho e 65 e mais amarelo entre 1950 e 2010 e a projeção até 2050. Para a oferta de mão de obra, deve-se destacar o aumento da participação relativa da população com idade de 15 a 64 anos, que está vermelho. Esse aumento na participação do grupo etário de 15 a 64 anos deve-se ao maior ritmo de crescimento da população nesta faixa de idade do que o da população total. Não obstante, diminuiu também o ritmo de crescimento da população com 15 a 64 anos de idade. A diminuição no ritmo de crescimento da população com 15 a 64 anos modificou a estrutura etária deste grupo populacional, pois aumentou a participação da população com 35 a 64 anos nesse grupo etário. Esse envelhecimento da população com idade para trabalhar de 15 a 64 anos é muito importante para a dinâmica do mercado de trabalho. O terceiro aspecto são os conceitos de PIA, PEA, ocupação e desemprego. A população participa da atividade econômica através do trabalho. O trabalho na atividade econômica produz bens e serviços e proporciona uma renda para a população. As pessoas com idade entre 16 e 65 anos constituem a população idade ativa (PIA). As pessoas fora desse intervalo de idade constituem a população idade não ativa (PINA). No Brasil, devido a existência do trabalho infantil e de população idosa na atividade econômica, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, utiliza diferentes conceitos de PIA. Na pesquisa nacional por amostra de domicílios (PNAD) e na pesquisa mensal de emprego (PME), a idade mínima para definir as pessoas idade de trabalhar é de 10 anos. E na PNAD Contínua, esse limite mínimo é de 14 anos, não havendo limite superior nenhuma das pesquisas. Assim, a população idade não ativa é o total de pessoas com idade inferior a 10 anos na PNAD e PME, e inferior a 14 anos na PNAD Contínua. Contudo, nem toda população de 10 anos e mais ou de 14 anos e mais está disponível para o que se considera trabalho na atividade econômica. O trabalho produtivo se refere às atividades de produção de bens e serviços para o mercado ou as atividades sem remuneração algum negócio familiar dedicado à produção de bens e serviços para o mercado. A parcela da população idade ativa que realiza trabalho produtivo é denominada população ocupada. A ocupação total do país está constituída, então, pelo conjunto de pessoas que recebem rendimento por seu trabalho e os trabalhadores familiares não remunerados. A empregada doméstica remunerada também faz parte dessa contabilidade. Aquelas pessoas que não tem trabalho produtivo, mas estão disponíveis para esse tipo de trabalho e, além disso, estão envolvidos atividades específicas de busca de trabalho remunerado, constituem os desempregados que, juntamente com os ocupados produtivamente, constituem a população economicamente ativa (PEA). A parcela da população idade ativa que não faz parte da PEA é considerada inativa. O quadro a seguir, quadro dois, mostra a posição na ocupação das pessoas. Os ocupados podem ser classificados conforme a posição na ocupação entre ocupados assalariados, com carteira e sem carteira de trabalho, ou formal ou não formal, e ocupados não assalariados, que são os empregadores, os trabalhadores por conta própria e, seguindo as recomendações internacionais da OIT, consideram-se também como ocupados os trabalhadores para o autoconsumo, autoconstrução e os trabalhadores não remunerados. No interior dos ocupados assalariados, encontram-se os trabalhadores domésticos remunerados, que podem ser com carteira de trabalho ou sem carteira. Recomenda-se separar o emprego assalariado de estabelecimento, com e sem carteira de trabalho, dos trabalhadores domésticos remunerados com e sem carteira. O quarto aspecto é a condição de atividade. Tá? Temos taxa de participação, ocupação, desemprego, assalariamento e grau de formalização. Pode-se observar que a taxa de participação, a primeira, laranja, vinha caindo lentamente e começa a aumentar 2015. Há uma reversão de tendência. O desemprego, a última linha de baixo, a linha roxa, que se mantinha relativamente estável, passa a aumentar fortemente a partir de 2015 devido a crise que se instala no país. E, apesar do aumento da taxa de participação, como o desemprego teve aumento muito forte, a taxa de ocupação vermelho também cai a partir de 2015. Por último, o gráfico seis ilustra as taxas de assalariamento e formalização das pessoas de 14 anos e mais para o Brasil entre 2012 e 2017. Observa-se que, devido a crise que se instalou no país, ambas as taxas caem a partir de 2015. Por último, a bibliografia que eu recomendo e muito obrigada. [MÚSICA] [MÚSICA]