[MÚSICA] Neste módulo, vamos discutir estruturas de dados que aparecem, em geral, em dados coletados por institutos de pesquisa ou em dados administrativos. O primeiro tipo de base de dados que vamos analisar é o que chamamos de dados em cortes transversais. Nesse tipo de organização de dados, observamos uma fotografia no tempo de determinada unidade de observação. Como exemplo, temos uma coleção de dados sobre indivíduos, sobre firmas, sobre regiões, sobre países. Veremos, agora, um exemplo de uma matriz de dados que tem essas características. Aqui, temos informação sobre o salário mensal e a escolaridade de sete indivíduos em determinado período de tempo. Nessa tabela, podemos observar uma amostra em corte transversal com sete observações. As unidades "i"s identificam essas observações. Temos, aqui, duas variáveis econômicas analisadas: salário mensal, em reais, e a escolaridade desses indivíduos. Lembrando que os dados corte em transversal são uma fotografia determinado periodo de tempo. A segunda estrutura de dados que analisaremos aqui é o que chamamos de série temporais. Esse tipo de base de dados é uma coleção de dados ao longo do tempo. Aqui, a ordenação dos dados no tempo é extremamente importante. Podemos ver um exemplo no slide a seguir. Nesse slide, temos uma matriz de dados ao longo do tempo. A unidade de observação, aqui, é mensal. Conseguimos observar a inflação mensal e a taxa de desemprego mensal de janeiro de 2016 até julho de 2016. A terceira estrutura de dados que vamos estudar aqui é o que chamamos de cortes transversais agrupados. Essa base de dados consiste numa combinação de duas ou mais amostras de dados ao longo do tempo. Podemos observar uma amostra de indivíduos, de firmas, ou de países em dois ou mais períodos de tempo. É importante observar que, nesse tipo de base de dados, não observamos o mesmo indivíduo, ou a mesma firma, ou o mesmo país ao longo do tempo, mas sim indivíduos diferentes, por exemplo. O slide a seguir apresenta um exemplo da estruturação desse tipo de dados. Observe, aqui, que temos oito unidades de observação. No entanto, quatro delas se referem ao ano de 2016 e as outras quatro ao ano de 2017. Note que os indivíduos de cada ano são diferentes, e, aqui, as variáveis observadas são o salário mensal e escolaridade desses indivíduos. A última estrutura de dados que veremos é o que chamamos de dados em painel. Nesse tipo de dados, observamos amostras aleatórias ao longo do tempo, mas, ao contrário dos dados em cortes transversais agrupados, observamos o mesmo indivíduo, a mesma firma ou o mesmo país ao longo do tempo. Dado o alto custo, esse tipo de dado é menos comum do que os anteriores que vimos. Neste slide, a gente pode observar um exemplo de estruturação de dados em painel. Note que, aqui, temos oito observações; no entanto, apenas quatro regiões repetidas ao longo do tempo. Observamos a informação de renda média e taxa de desemprego para quatro cidades: Guarulhos, Osasco, Itu e Guarujá, que se repetem em 2016 e 2017. Os dados em painel têm algumas vantagens de estimação que não são objeto desse curso; no entanto, em cursos mais avançados de econometria, vocês podem ter acesso a esse tipo de metodologia. Por fim, eu discutirei um pouquinho sobre os tipos de bases de dados secundários existentes no Brasil. Nesse slide, podemos observar as principais bases de dados para cada tema importante do nosso país, como, por exemplo, o mercado de trabalho. Para o mercado de trabalho, nós temos várias pesquisas que coletam informações, como a PNAD, contínua e anual (IBGE); a RAIS e o CAGED que são do Ministério do Trabalho. Para a saúde, nós temos, além do suplemento da PNAD e da PNS, que é a pesquisa nacional de saúde, Os dados do DATASUS, que têm uma cobertura bastante extensa, tanto para os serviços de saúde públicos quanto para o serviços de saúde privados. Para o caso das bases de dados de educação, podemos citar, entre as principais, o Censo Escolar e a Prova Brasil. A Prova Brasil coleta informações sobre o desempenho dos alunos do quinto e nono ano do Ensino Fundamental. Pra ter acesso a informações sobre finanças dos municípios e finanças nacionais, vocês podem consultar, por exemplo, o FINBRA, do Tesouro Nacional e também as Contas Nacionais. Bom, existem muito mais pesquisas do que as elencadas aqui. Um site importante de consulta seria o Ipeadata, que contém várias informações ao longo do tempo, e o site do IBGE. [MÚSICA] [MÚSICA]