[MÚSICA] [MÚSICA] [MÚSICA] Olá, com este vídeo nós chegamos ao final do módulo de conceitos de logística e supply chain, e vamos discutir o futuro. O que é que vem por aí termos de novos conceitos para essa área? Então, a primeira coisa é que transporte, estoque e informação estão se reinventando termos de conceitos. Então, quando você escutar transporte, pense mobilidade e acessibilidade. Quando você fala de estoque pense disponibilidade. E informação é visibilidade e conectividade. E porquê? Porque nós estamos participando de muitas mudanças. Então, imagine uma loja virtual de músicas. Existem algumas que tem milhões de downloads por dia de determinado produto. O que é que eu preciso termos de transporte? Eu não preciso de transporte, eu preciso ter acessibilidade a essa loja. E ter algum canal, Wi-Fi ou coisa parecida, que eu vou lá e faço o download do meu produto. Isso é transporte. E estoque? Essa loja não precisa ter milhares de itens, porque quando eu fizer o download daquela música, aquela música continua lá também. Então, o que ela tem que ter é disponibilidade de músicas diferentes e não mais grandes quantidades de item de estoque. E termos de informação o que é que eu preciso? O que a gente está cansado de procurar. Eu preciso de uma conexão Wi-Fi, e eu preciso ter de alguma forma jeito, que pode ser buscador, para ter visibilidade desse processo. Então, eu estou dando exemplo extremo de como o transporte, estoque e informação continuam essenciais para o processo logístico, mas eles estão se alterando termos de consenso. E aí vamos falar pouquinho da rede. A rede de serviços logísticos também foi evoluindo. Inicialmente a gente pensava na rede como aspecto unidirecional. Então, vamos pensar numa pizza. Eu tenho duas alternativas. Eu ligo na pizzaria e vem motoboy me trazer uma pizza, ou eu vou até a pizzaria e compro a pizza e como a pizza lá. Então, estamos falando de uma visão clássica de logística, só que agora pensando também em: o produto vem até o cliente, que é o clássico de logística, mas também existem algumas situações que o cliente vai até o produto. Eu vou a teatro para consumir uma peça de teatro. Outro elemento são as ligações bidirecionais. Então, por exemplo, eu estou assistindo televisão na minha casa e existe fluxo de filmes que vão de determinado ponto e retornam. Quando eu desligar a TV, amanhã quando eu ligar de novo, esse fluxo bidirecional está mantido. E questões clássicas, como o fornecimento de água e energia já eram assim, são fluxos contínuos. E também temos os fluxos discretos, que são as entregas clássicas da logística. Então, passamos a ter agora fluxos contínuos, que é por exemplo a entrega de filmes, download de músicas, e coisas desse tipo, e fluxos discretos, que é o motoboy ou o caminhão que está fazendo a entrega. Outro elemento importante para discutirmos é a topologia dessas redes, que elas começaram nó, era a fábrica, depois passamos a fábrica mais fornecedor, depois passamos ao supply chain, que era fábrica, fornecedor, tinha também o cliente. Depois passamos aí a uma corrente que foi construindo uma rede. Então, eu tenho os meu fornecedore para várias fábricas, as fábricas consumindo de vários fornecedores, e isso virou uma grande rede, que ela pode estar configurada termos de estrela, uma fábrica única e os sistemistas, no caso da automobilística, ou ela pode ser uma rede sem hierarquia de funções múltiplas, e isso está chegando num extremo que é o da malha. Então, por exemplo, o fornecimento hoje de sinal de celular é malha. Tem uma rede, tem torres que criam uma rede e, à medida que eu estou num determinado local, eu recebo o sinal. E a tendência é, numa série de serviços, a logística começar a operar termos de malhas. É malha de segurança, é malha de serviços de tecnologia. Esse é novo conceito que está começando a chegar por aí. Outro conceito importante é começar a identificar que existe uma linha divisória termos de objetivos das atividades. Vamos usar o exemplo de uma lanchonete. Eu tenho o balcão da lanchonete. Atrás do balcão da lanchonete o que é que eu tenho? Eu tenho uma fábrica miniatura: processos padronizados, tempos e métodos bem definidos, fornecedor de batata frita, definição de tempo de fritura, velocidade de produção, operações just-in-time para o sanduíche, enfim, eu tenho todo processo de logística clássica. Agora, e do balcão para a frente? Do balcão para a frente eu tenho toda uma área cujo tom é o marketing. Eu quero que as pessoas estejam se sentindo bem naquele processo, que recebam as coisas que precisam, que façam daquele momento uma experiência positiva para você. Por quê? Porque hoje isso é grande valor de mercado. Acompanha aí a evolução, por exemplo, do cafezinho, que era valor inicial simplesmente de café, chegando num local que é, vários espaços que nós temos no mundo hoje, para você ler uma revista e você trabalhar. E os conceitos de logística nesse ambiente são totalmente diferentes do anterior. Se no da retaguarda, para trás do balcão, a ideia é maximizar a eficiência técnica e reduzir os níveis de custo ao extremo, quando você está nessas áreas de marketing, a ideia é maximizar a eficácia e aumentar ao extremo o nível de satisfação do cliente. Então, por exemplo, se você tiver que incorrer alguns custos, você o faz prol da viabilidade do negócio. Vou dar exemplo, as maquininhas de cartão de crédito. Você tinha antigamente uma gestão termos de maquininhas de cartão de crédito que procurava minimizar os estoques de maquininhas nas lojas. E aí se percebeu que nós podíamos ter mais ganhos se eu, de repente, tivesse algumas situações, por exemplo, nos picos das festas natalinas, ou determinadas festas, algumas maquininhas a mais que, caso uma quebrasse, continuava o processo de venda, mesmo tendo custo logístico de estoque maior. Esse é exemplo clássico dessa questão de linha de frente e retaguarda. Outro exemplo também, mais extremo, é, por exemplo, nos filmes. Aqui você tem o exemplo da gravação do filme "A Cruzada". Olha quantas pessoas foram envolvidas. Nós tivemos mais de 135 milhões de dólares de aporte, quatro meses filmando, milhares de objetos, carroças, copos, roupas, figurinos, 900 pessoas na produção, tem algumas das cenas que teve 30 mil figurantes. Tudo isso com uma série de processos logísticos tendo que acontecer. Por exemplo, temos que estocar as botas desses figurantes, e no dia seguinte eu tenho que devolver a mesma bota para o mesmo figurante, eu preciso alimentar essas pessoas, eu estou filmando no meio do deserto, eu preciso conseguir hospedar 30 mil pessoas no deserto. Tudo isso são operações logísticas de uma natureza diferente. Outra questão de futuro e que algumas pessoas trazem como discussão é que nós estamos nos aproximando da não logística. Por quê? Porque muita coisa está indo para imaterialidade. Então, vamos tentar entender pouco isso. Imaginemos na era industrial nós tínhamos uma televisão. Essa televisão, vamos dizer que ela custasse 500 dólares para ser produzida, se eu quiser copiar uma televisão, por mais econômico que eu seja, retirando todas as margens de lucro, de custos, por menos de 300 dólares eu não vou conseguir, porque existem materiais, matérias-primas e tal, uma série de custos envolvidos que não me permitem a reprodução. Agora, vamos pensar num livro que custou os mesmo 500 dólares para ser produzido. Quanto custa para tirar mais uma cópia digital? Praticamente nada. Então, nós temos uma mudança quando vamos para esse ambiente mais virtual que é a diferença entre o custo de produção versus o custo de reprodução. E aí surgem todas essas coisas, o transporte é instantâneo quando eu faço o download, os estoques são sem volumes, você não precisa de volumes de armazenagem, eu guardo num hard disk. Eu preciso é de diversidade. O mais importante é visibilidade. Eu ponho num buscador onde é que eu tenho para fazer download daquilo que eu estou procurando. As atividades são realizadas qualquer hora do dia ou da noite, eu não preciso ter as pessoas presentes. A impressora 3D está chegando para você ter uma minifábrica na sua casa. E tudo isso explodiu quando? Com a invenção da internet. E junto com isso vem a questão da tecnologia que está impactando fortemente. Num primeiro momento as etiquetas eletrônicas de comunicação, que foi ajudando os processos clássicos de supply chain. Num segundo momento, esses processo começaram a se expandir. Entramos uma questão de posicionamento, então, a questão dos global positions systems passou a ser elemento muito importante, tanto que nós usamos hoje os roteirizadores, que acompanham onde meu veículo está e se ele vai pegar congestionamento ou não. E agora estamos indo para coisas da Web no mundo físico. A internet das coisas é elemento, o uso no ambiente nuvem no compartilhamento de informações, e cada vez mais impregnando de sensores, monitorização e uso de equipamentos eletrônicos. Todo esse mundo é mundo muito grande, mas tenham clareza do seguinte: quase tudo muda, mas na questão de logística sempre precisaremos colocar coisas, que podem ser físicas ou não, que podem ser ideias, mas são coisas, no local certo, na hora certa, na quantidade certa, e com custo viável. Isso é logística. Com isso a gente encerra este módulo de conceitos básicos de logística e supply chain. Se vocês quiserem se aprofundar mais, tem todo o material disponível para leitura, para interação, outros vídeos na área de apoio do curso, e também podem assistir novamente algum material que vocês queiram mais esclarecimento. Muito obrigado. [MÚSICA] [MÚSICA] [MÚSICA]