[MÚSICA] [MÚSICA] Olá, neste vídeo nós vamos discutir pouco a evolução do conceito da logística para a gestão da cadeia de suprimentos ou supply chain. O que é cadeia de suprimentos? Eu estou colocando para vocês a definição do control of supply chain management professionals, CSCMP, que é uma entidade muito importante internacionalmente, e basicamente é o canal através do qual as matérias primas são convertidas e produtos acabados, então é o fluxo. Se você olhar supply chain, você vai ver que ele é composto de diversas etapas de atividades logísticas de forma integrada. Você tem fluxo de informações, fluxo de produtos, fluxo de responsabilidade e fluxo de dinheiro indo. Desde o produtor até o cliente final. E para este fluxo acontecer você precisa das chamadas redes logísticas, e esse é dos grandes desafios hoje da logística. Redes? Que redes são essas? São sistemas que integram vias, transportes, instalações de estocagem, instalações de processamento intermediários, processamentos finais, lojas fábricas, enfim. Toda uma infraestrutura técnica somada a fluxos de produtos e informações e de outros elementos. E daí vem o principal elo do planejamento da infraestrutura logística. E aí tem alguns conceitos muitos importantes que eu vou passar pouquinho sobre eles, e ao longo do curso vocês vão vários momentos voltar a discutir. O primeiro é o conceito de custo total. Logística não interessa muito o custo do transporte de determinado trecho. É muito mais importante do que você saber só o custo do transporte naquele trecho, você olhar o chamado custo de porta a porta. O custo desde o início da operação mais uma transferência, mais transporte, outra transferência outro transporte. Então por exemplo vamos dizer que nós estamos saindo de uma fábrica numa determinada cidade global, num determinado lugar do mundo, e vou levar esse produto para o outro lado do mundo. Eu estou indo para a África, e vou levar o produto para os Estados Unidos. Se eu for estudar só o custo do transporte eu posso tomar uma decisão errada. Eu preciso olhar o custo do transporte na África mais o custo de transporte no oceano, e mais o custo de transporte terrestre nos Estados Unidos. E não só os três. Os custos das operações portuárias e os custos de armazenagem. A soma de todos esses custos levam para esse conceito de custo total porta a porta, e é com ele que a gente toma decisão. E toma decisão não só relação a esse custo total. Há outro elemento que é a distribuição diferenciada é os elementos de nível de serviço envolvidos nesse processo. Por exemplo o determinados produtos o essencial é rapidez, outros o essencial é níveis baixos de preço e que os volumes sejam entregues altamente confiáveis. Cada diferencia. Existem também estratégias combinadas específicos. Três delas, adiamento consolidação e padronização. Vou exemplificar pouco, o adiamento também chamado postponement é basicamente você fazer algumas atividades de montagem, de intervenção no produto já mais próximo do seu destino final, então é por exemplo, você produz determinado motor elétrico, você exporta as carcaças desse motor e lá perto do ponto de venda num outro lugar do mundo, quando alguém quiser comprar motor seu, esse motor vai se montado função da potência que ele solicitou usando a mesma carcaça. Com isso você tem ganhos de estoque porque vai estocar produto único, carcaça única e você tem reduções nos custos dos produtos termos de valor agregados outro estratégia é a chamada consolidação. Eu pego partes de determinado produto vários locais diferentes e levo para o centro de consolidação, e alí eu faço o produto final que pode vir uma parte da Ásia, uma parte dos Estados Unidos, outra da América do Sul enfim, e podem ser todos montados na África. E finalmente operações de padronização, onde você faz para produção grande escala elementos altamente padronizados que permitem ganhos logísticos grandes. A indústria altomobilística usa muito isso, os chamados CKD's, onde você tem famílias de automóveis. Então você tem veículo hatch, veículo coupé uma pequena caminhonete, todos cima do mesmo chassi, todos usando as mesmas tecnologias. E com isso você tem operações logísticas mais uniformes e com ganhos de escala. Elemento muito importante na discussão da rede logística é a influência que o estoque e o transporte tem entre si. O chamado trade-off. O que que é o trade-off? Se eu aumento muito uma variável ela afeta outra. Se eu mexo com a outra variável ela afeta a primeira. Então no nosso caso eu posso colocar grandes caminhões transportando grandes volumes. Contrapartida isso faz com que eu tenha grandes volumes a serem estocados. Então você vê nesse gráfico aqui que a medida que eu reduzo o custo de serviço de transporte, porque eu uso transporte escala maior, eu aumento os custos de estocagem e vice versa. No dimensionamento da rede o outro elemento muito importante é o posicionamento logístico que você deseja para a sua empresa. Você vai dimensionar uma rede onde vai ter conjunto de instalações. Você vai decidir se os seus estoques estão centralizados poucos pontos ou decentralizados, se você vai usar que tipo de transporte que modo de transportes, e vai buscar tudo cima da política de atendimento que você deseja dar para esse sistema. Você quer dar uma resposta rápida? Provavelmente faça estoque distribuídos, com níveis mais altos, bem próximos do cliente. Você quer dar uma resposta de custos bem menores? provavelmente faça estoque centralizado que você vai ter significativos ganhos na parte da gestão do estoque, só que conte com grandes tempos para entregar para o cliente, enfim. Isso é o posicionamento logístico. Junto com o posicionamento logístico você tem as diferentes formas de operar as redes de transporte. Então vamos lá. Você tem conjunto de fornecedoes e varejistas e você pode ter entrega direta onde diretamente fornecedoes atingem seus varejistas. Você pode ter também entrega direta com operações the milk run, ou seja, você coleta vários fornecedores e entrega para varejista só. Ou você pode também utilizar centro de distribuição onde os diversos fornecedores levam para esse centro e desse centro atinge-se os diversos varejistas. E pode também fazer operações mistas. Usa o CD e faz uma operação milk run. Tanto de coleta ou de entrega, ou finalmente você cria uma rede extremamente específica e sob medida para seu negócio. Outro elemento muito importante na discussão de redes logísticas são os custos, e custos existem diversos enfoques que podem ser dados aos custos. Tem o primeiro que é uma visão física. Quanto custa o material? Quanto custa a mão de obra? Quanto custa a operação de equipamento? Quanto custa a manutenção desse equipamento? Quanto custa a energia envolvida envolvida na operação? Uma segunda visão é uma visão mais econômica. Qual é o preço de determinado produto? quais são as taxas alfandegárias que esse produto vai pagar quando for importado? qual o custo de depreciação de uma determinada máquina? Qual o custo de oportunidade do capital a ser aplicado, e terceiro uma visão financeira onde você vai olhar o fluxo de caixa se você tem entradas e saídas. Durante o curso nós vamos abordar especificamente questões de custo. Nesse momento é importante você ter mente que existem esses diferentes enfoques. Então quando você estiver falando de custo logístico você procure identificar qual dos enfoques que está sendo tratado. E também de uma classificação de custos diretos e indiretos e custos fixos e variáveis. O que são custos diretos e indiretos? Custos diretos são custos relacionados diretamente àquela operação que você está considerando. Então seria por exemplo, o custo de manutenção de dado armazém que só opera para uma determinada cadeia de suprimentos. O custo indireto são custos relacionados, mas à gestão do sistema como todo e não especificamente diretamente numa dada operação. Então por exemplo, os custos dos executivos que administram esta empresa. Este é custo indireto, que ele vai ser rateado por todos os armazéns da empresa, todas as operações. Isso é diferente de custo fixo e custo variável. Custo fixo é custo independente do nível de produção envolvido. Então por exemplo, o aluguel do armazém ele pode ser custo fixo, dado que você o paga mensal esteja vazio ou esteja cheio. E o custo variável? É o custo amarrado ao processo de produção. Então por exemplo, a quantidade de combustível que o caminhão é o abastecido, é exatamente custo variável. Se eu operar mais, eu gasto mais. Se eu ficar com o caminhão parado eu gasto zero. Não confundam essas duas coisas com os custos diretos e indiretos, porque eu posso ter as combinações mais diversas. Por exemplo, o custo do combustível que abastece o carro do executivo da companhia, é custo variável indireto. O do caminhão que faz a operação é variável e é direto. O custo fixo do escritório central da empresa, é custo fixo indireto. O custo do armazém da operação, já é custo fixo direto. A outra questão importante, ainda conversando sobre custos, é como é que os custos tem interface com o marketing. Como vocês devem saber, o marketing trabalha com quatro coisas. Ele trabalha com o preço, ele trabalha com o produto, ele trabalha com a divulgação e também com o ponto de distribuição local. Este ponto de distribuição é a interface principal com a logística. E que aí vai desdobrar para os diferentes custos logísticos. Custo de estocagem, custo de produção, custo de armazenagem, custo de transporte e custo de pedido, ou da informação. Outro elemento importante também, é estratégias de localização de instalações de armazéns dentro desta rede logística. E aí tem duas decisões envolvidas, você pode centralizar, como você pode descentralizar estas instalações. No caso de centralização, você vai ter maiores valores agregados e você vai ter baixo giro nesse estoque e vai gerenciar melhor a demanda. No caso de descentralização, os giro serão maiores, você vai ter pouco mais de dificuldade de gerenciamento dessas demandas, contrapartida, vai ter menores valores agregados. Junto com essa visão de gestão do estoque, você tem a análise da localização, que você pode abordar desde o enfoque macro, onde você vai buscar uma grande região, até uma microanálise onde você vai olhar os detalhes específicos e até uma seleção local específico. Por exemplo: eu vou operar na Ásia e as minhas fábricas estão no Brasil. Onde eu coloco o meu centro de distribuição? Eu vou fazer uma macroanálise e vou buscar dois ou três países candidatos a isso. Vai predefinir quantas instalações vou colocar. Depois de feita a escolha, então minha decisão foi Malásia. Quando eu estou olhando para a Malásia, aí eu vou achar algumas áreas específicas e vou procurar ver as oportunidades associadas a isto. E depois que eu definir duas ou três regiões, aí eu vou olhar questões bem específicas de zoneamento, de custo do terreno, leis trabalhistas. Enfim, uma séria de detalhes dessa microanálise. E basicamente é essa a discussão que nós gostaríamos de ter nesta visão da logística para o supply chain. E com grande elemento essencial para tudo isto, que é as redes logísticas como elemento que viabiliza a execução do supply chain. Obrigado. [MÚSICA] [MÚSICA] [MÚSICA]