[MÚSICA] [MÚSICA] Olá. Nós vamos ver agora nesse vídeo o resumo de todos os demonstrativos financeiros de uma empresa. Então ao final desse vídeo você vai ser capaz de descrever e diferenciar de forma simplificada os demonstrativos financeiros de uma empresa e definir os principais termos usados na linguagem contábil. É aquela linguagem que a gente precisa saber para interpretar esses demonstrativos. O primeiro demonstrativo e o mais importante é o balanço patrimonial. Ele demonstra o que? Ele demonstra os saldos numa certa data, no final do período contábil. Então ali eu vou ter os ativos, que são os bens e direitos de uma empresa, o passivo da empresa, que são as obrigações que a empresa tem com fornecedores, credores, dinheiro que ela tomou emprestado. E se eu pegar o ativo, que é tudo que ela tem de bens e direitos, e tirar o passivo, eu vou chegar no patrimônio líquido, que é o valor que vai resultar para os acionistas. E esse patrimônio líquido normalmente é constituído de capital, mais reservas. Então a equação fundamental do meu balanço patrimonial vai ser ativo menos passivo, é igual à patrimônio líquido. Esse é o demonstrativo balanço patrimonial. O segundo demonstrativo que eu acho e reputo importante uma empresa é o DRE, o Demonstrativo dos Resultados do Exercício. Então aqui nós vamos ver como? Ele vai mostrar regime de competência os fluxos que ocorreram ao longo de exercício contábil. Normalmente ano, mas existem também DREs trimestrais e até mensais. Então a gente precisa prestar atenção para saber o que tá escrito lá no cabeçalho, esse DRE se refere à qual período? E aí nesse período eu vou usar regime de competência, que é aquele regime que eu reconheço a receita na hora que ela ocorre e os custos na hora que a receita ocorreu, são associados. E é isso que eu vou estar fazendo aqui. Eu vou pegar as receitas, que são as vendas, quando elas são realizadas, vou tirar os custos incorridos para gerar esses produtos ou esses serviços que foram vendidos nesse período, vou tirar as despesas ocorridas nesse período e a diferença vai ser o meu lucro líquido. Se der número negativo, eu terei prejuízo contábil. Espero que não. Esperamos que a empresa gere sempre lucros positivos. Agora desse lucro eu vou também tirar os dividendos. Se eu tirar os dividendos eu vou ter o montante de dinheiro que vai sobrar para a empresa revestir suas atividades, ou seja, é o tanto que vai ser adicionado à reserva de lucro. O último e o terceiro tipo de demonstrativo importante é o DFC, o Demonstrativo de Fluxo de Caixa da empresa. O DFC demonstra como variou o caixa da empresa ao longo de regime contábil, de período contábil. Ou seja, usando regime de caixa eu vou ver quanto num certo período, seja trimestre, mês ou ano, quanto que variou o caixa da empresa e como ele variou. Então aqui nós vamos ter o fluxo de caixa das operações, que são aqueles que são gerados com as vendas de bens e serviços e todos os pagamentos de custos e despesas relacionados com essa venda naquele período das operações regulares da empresa. O segundo tipo de fluxo de caixa é o fluxo de caixa de investimento. Então aqui vão ser fluxos de caixas que foram gerados pela venda de ativos não circulantes, imóveis, máquinas, software, tipos de investimentos, e também aqueles que foram gerados pela compra. Então eu vou pegar aqui as vendas, menos as compras. Se eu só tiver compras, ou só tiver investimentos, eu tenho fluxo de caixa de investimento negativo. E o terceiro grupo de fluxo de caixa é o fluxo de caixa de financiamento. Então aqui eu vou ter fluxo de caixa proveniente do lançamento de novas ações, de novos empréstimos ou financiamentos. Então o dinheiro que entrou na empresa na forma de dinheiro que ela pegou do investidores, acionistas e credores, e vou deduzir o montante que ela pagou de dividendos para os acionistas, a amortização de empréstimos e financiamento, ou seja, quando o financiamento é devolvido para o banco, ou para o credor que me emprestou dinheiro e esse montante, o valor líquido disso, vai me dar o fluxo de caixa de financiamento. A partir daí então, se eu pegar o meu caixa inicial do balanço do ano anterior, somar os fluxos de caixa de operações de investimentos e financiamentos chego no caixa final desse ano. Resumo, se eu pego dois balanços sucessivos do ano anterior e do ano atual, pegar o meu caixa, a variação do caixa é explicada por quem? Demonstrativo de fluxo de caixa. Nele tem o quê? Caixa inicial, mais fluxo de caixa operacional, investimentos e financiamentos, chego no meu caixa final. E o outro demonstrativo importante, que é o DRE, ele vai demonstrar o que? A variação entre reservas de lucros de ano para o outro. Então eu vou ter aqui o demonstrativo de resultado do exercício onde eu vou apurar receitas menos custos e despesas, que eu vou chegar no lucro líquido, menos as despesas, vou apurar então o tanto que eu paguei de impostos, etc., e vou chegar no meu resultado, no meu lucro apurado neste exercício. Se eu tirar dividendos pagos, eu vou chegar exatamente no montante que vai ser adicionado às reservas aqui. Então estes são os três demonstrativos mais importantes. Aqui a gente pode ver os dois balanços sucessivos, balanços patrimoniais, podemos ver o meu DFC, que mostra a variação do caixa e podemos ver o meu DRE, que vai mostrar como a empresa gerou resultado no período e quanto desses resultados ficaram ali acumulados reserva quando forem distribuídos na forma de dividendos. [MÚSICA]