[MÚSICA] [MÚSICA] Olá. Você vai ver agora a análise DuPont. Essa é uma forma bastante interessante de a gente analisar demonstrativos financeiros. O teu objetivo agora é você calcular a rentabilidade de uma empresa e explicar seu comportamento a partir da análise DuPont. Vamos ver como é que isso é feito, como uma empresa gera resultado. Então imagine que você monta uma empresa chamada Azeite Sucesso S/A. E essa empresa você precisa de 1 milhão de reais para investir na compra de 100 mil litros de azeite extra-virgem de alta qualidade a dez por litro que você está conseguindo importar da Europa. E você passa a vender esses azeites garrafas diferenciadas por 12 reais o litro. Considerando que você só tem 800 mil reais, então você não tem aquele 1 milhão necessário para comprar todo o azeite que você precisa, você vai e toma empréstimo de 200 mil banco que cobra 8% ao ano e aí você consegue perfazer o total de 1 milhão e comprar o seu estoque necessário para operar sua empresa. E aí depois de ano a gente vai ver o que aconteceu. Ao longo desse ano você vende 10. mil litros por mês. Então o total de 120 mil litros de azeite no ano inteiro e todo mês você vai repondo o estoque, comprando e mantendo sempre aquele estoque de 100 mil litros necessários para a operação da sua empresa. Claro que para guardar esse estoque não é barato, então você tem custo total de manutenção desse estoque de 40 mil reais por ano. E além do mais a sua empresa ainda paga 20% de todo o lucro obtido na forma de Imposto de Renda. A gente não vai usar impostos sobre as vendas por uma questão de simplicidade aqui, mas se a gente tem uma empresa que gera esse resultado, como é que a gente faz uma análise? O que ela realmente fez? Como é que ela gerou esse resultado? Então é isso que a gente vai ver e como a análise DuPont nos ajuda a fazer isso, não é? Vamos ver quais seriam os demonstrativos financeiros no final do ano. Então imagine aqui no final de 2017 o que nós vamos ter? Se olhar o balanço patrimonial, vamos lembrar que a gente tem ali estoque 1 milhão de reais, que é aqueles meus 100 mil litros de azeite, cada por 10 reais. Então a gente tem ali 1 milhão de reais estoque. No passivo a gente vai ter o quê, 800 de capital que eu coloquei como acionista e 200 como empréstimo que a gente tomou do banco, está certo? Então esse é o nosso balanço patrimonial, bastante simples. Já o demonstrativo de resultados, vamos ver como é que ele é calculado. Na receita de vendas a gente vai ter 120 mil litros de azeite que foi vendido no ano, vezes 12 reais, que é o preço de venda, gera 1,440. Então nós geramos esse volume de vendas, 1 milhão 440 mil. Quanto custou isso? Então esses 120 mil litros custaram 10 reais cada. Então nós temos total de custo da mercadoria de 1 milhão e 200. Se eu fizer a diferença entre os dois, nós fizemos 240 mil de lucro bruto. Agora, para armazenar eu gastei mais 40. mil reais. Então 240, menos 40, eu cheguei no lucro operacional de 200, as operações da empresa geraram 200. Agora esse dinheiro tem que ser pago para os investidores. Como é que foi destinado esse dinheiro? Primeiro 16, que é 8% sobre os 200, lembrando que esses 200 são o empréstimo que você tomou, 8% dá 16 mil. 16 mil vai ter que ser pago como despesa financeira para o banco que lhe emprestou dinheiro. Se eu pegar 200 e tirar 16, chego 184 e esse é o lucro antes do Imposto de Renda. Aí vem o leão e vai cobrar 20% sobre esse valor. Então sobre os 184 vai cobrar 20%, dá 37 mil reais de imposto de renda e vai sobrar no bolso do acionista lucro de 147 mil reais. Então esse é o resultado da empresa ao longo de ano. E como é que a gente analisa esse resultado? Se eu for olhar, eu estou tendo lucro de 147. Se você encerrasse a empresa nesse momento, lembrando que você investiu 800 e você junto com o banco investiram mil. Como é que eu calculo isso? Então a empresa, ela vai ter resultado de 14,7% de retorno sobre os ativos. Como é que eu fiz isso? 147 de lucro líquido, dividi por 1000, que foi o investimento total. Então sobre os ativos que a gente tem ali milhão de reais estoque, eu tirei 14,7% de retorno. Agora vamos lembrar que esse lucro líquido é só do acionista, é só seu e você só investiu 800 mil. Então quanto de fato você vai ter de resultado com isso? Dos 800 mil, se você olhar os 147, vai dar retorno de 18,4% ao ano. A gente chama esse retorno de ROE, esse é o Return On Equity. E aquele retorno sobre os ativos a gente chama de Return On Assets, ou seja, Retorno Sobre os Ativos, chama de ROA. Então a gente vai ter o ROA e o ROE, que são dois indicadores bastante importantes de resultados da empresa. Resumo, nós temos então por enquanto duas medidas de rentabilidade. Uma é o retorno sobre os ativos, que eu vou pegar o lucro líquido e vou dividir pelos ativos, que a gente de ROA e inglês é Return on Assets. Agora o retorno para o acionista a gente chama de Retorno sobre o Patrimônio Líquido, ou ROE, inglês Return On Equity. Como é que a gente faz isso? Pega o lucro líquido e divide pelo patrimônio líquido, que é o dinheiro que foi investido pelos acionistas. Agora qual a diferença? Vejam, o ROA, o ROE, como é que eu comparo esses dois caras? Então uma das formas de eu olhar para isso é o seguinte: a Azeite Sucesso, ela financiou o total de 1 milhão e 200 de dívida e 800 ações dos sócios. Então para cada 1 real que foi colocado pelos acionistas, ela ficou com 1,25 de ativos, ou seja, ela pegou 1 real de ativo, 0,8 dos sócios e mais 0,2 de empréstimo. Então se eu pegar essa proporção e dividir esse 1 real por 0,8 eu chego 1,25. Significa que para cada 1 real que eu como acionista coloquei, houve empréstimos e gerei 1,25 de ativos no meu balanço patrimonial. A gente chama isso de grau de alavancagem financeira, ou multiplicador de PL. Na realidade o ativo ficou maior porque eu peguei dinheiro emprestado. E esse indicador é indicador bastante importante. Se eu for analisar com cuidado, olha só. O ROE, ele é o lucro líquido dividido pelo PL. Mas eu também posso fazer uma igualdade matemática, vou pegar o lucro líquido e dividir pelo ativo total e vou multiplicar pelo ativo total sobre PL. Veja que se eu olhar essa fração aqui eu podia cortar ativo total com ativo total, voltaria na primeira fração. Mas veja que isto me cria uma coisa bastante interessante. Então matematicamente eu posso ver que o ROE vai ser igual a lucro líquido sobre ativo total, vezes ativo total sobre PL. O que é o lucro líquido sobre ativo total? É o ROA, o retorno sobre o ativo. E o que que é o ativo total sobre PL? É o multiplicador de PL. Então essa é a primeira forma de eu começar a fazer a decomposição DuPont, eu vou pegar o ROE e vou falar que o ROE ele é composto por lucro líquido total sobre ativo total, ou seja, ROA vezes o ativo total sobre PL, multiplicador de PL. Então ROE é igual ROA vezes multiplicador de PL. Então essa é a primeira decomposição que eu faço. É importante a gente olhar que a alavancagem financeira, ela acaba, vamos dizer, alavancando os resultados. Como é que a gente vai ver? A empresa tinha gerado 14,7% de ROA, mas na hora que eu multiplico por 1,25 eu chego 18,4. Ou seja, 14,7% o que era o valor do ROA, retorno sobre os ativos, ele fica multiplicado para o acionista 18,4. Então veja que ao alavancar a empresa alavanca seus lucros. Claro que a gente precisa lembrar que alavancaria prejuízo também. Se o ROA fosse negativo, ou se eu tivesse prejuízo, o acionista teria prejuízo muito maior. Então esta alavancagem funciona para os dois lados, não é mágica. E por outro lado também, se a alavancagem começa a crescer, vamos lembrar que isso vai gerar mais despesas financeiras e isso reduz o lucro líquido. Então eu começo já a enxergar que essa decomposição me permite analisar pouquinho o quanto do resultado do acionista veio por conta da empresa ter emprestado dinheiro dos bancos. Agora, a gente pode avançar pouco mais e entender melhor como é que a empresa gerou esse resultado. Se a gente olhar agora dentro do meu DRE, tem indicador importantíssimo chamado margem líquida. O que que é isso? Eu vou dividir o total de lucro pelas receitas de vendas. Ou seja, eu vou ver que para cada real que eu tive de vendas quanto foi o meu ganho. Então se eu pegar aqui e dividir 147 por 1,440, eu vou ter 10,20% de margem líquida. Como é que eu interpreto isso? Significa que para cada 100 reais de vendas a empresa ganhou, teve lucro líquido de 10 reais 20 centavos. Esse foi o resultado que ele obteve ao longo de ano. Ou seja, ele teve uma margem líquida de 10,20%. Quanto maior essa margem líquida, melhor para o acionista, significa que para cada real de vendas ele está tendo mais lucro. Agora uma outra questão é olhar e comparar os investimentos com as vendas. Como é que eu faço isso? Eu vou pegar, a empresa vendeu ao longo de ano 1 milhão e 440 mil, não é. E ela tinha investido 1 milhão. Portanto, o seu ativo a gente fala que eles giraram ao ano torno de 1,44 vezes. Ou seja, milhão gerou milhão quatrocentos e quarenta de vendas. A gente chama isso de giro de ativo. Ou seja, cada 100 reais ativo investido, a empresa gerou 144 de vendas, multiplicou por 1,44 que é o giro do ativo. Esse giro do ativo também é bastante importante. Imagina o seguinte: se uma empresa conseguisse gerar vendas com pouco investimento seria bem legal, não é? Então se você imaginar, o giro do ativo quanto maior melhor o resultado para os acionistas, que para investimento menor ela vai gerar mais resultado. E se a gente for compor tudo isso, a gente vai verificar o seguinte. Lembrando que a margem líquida é lucro líquido sobre receita de vendas, e que o giro de ativo é a receita de venda sobre ativo total. O ROA a gente pode fazer mais uma brincadeira com ele. Eu vou pegar ali lucro líquido sobre ativo, mas eu posso falar que é lucro líquido sobre receita de vendas, vezes receita de vendas sobre o ativo. Ou seja, se eu cortar aqui receita de vendas eu vou ficar com uma igualdade matemática. Agora essa decomposição, o que ela vai me permitir observar? A primeira fração ela tem ali lucro líquido sobre receita de vendas, é exatamente quem? A minha margem líquida. E a receita de vendas sobre o ativo total. Quem é esse cara? O giro de ativo. Então eu vou observar que o ROA é o produto da margem líquida pelo giro do ativo. E lembrando então que a margem líquida quanto maior melhora o ROA, o giro quanto maior melhora o ROA. Então agora a gente chega na decomposição DuPont com três componentes. Então o ROE, lembra, ele vai ser o ROA, vezes o grau de alavancagem financeira. E o ROA vai ser exatamente a margem líquida, vezes o giro do ativo. Esse vai ser o ROA da empresa, multiplicado pelo grau de alavancagem financeira. Então o produto margem líquida, giro do ativo e grau de alavancagem financeira é que vai gerar o meu ROE. Esses são os três direcionadores básicos do ROE e aí eu vou conseguir entender da onde que está vindo o resultado e entender pouquinho melhor se eu estou conseguindo uma eficiência melhor vendas, no uso dos ativos, ou se eu estou usando bastante alavancagem financeira. Voltando ao nosso exemplo da Azeite Sucesso, se a gente olhar ali, o ROE, lembrando, era 18,4, o ROA 14,7. 14,7 multiplicado por 1,25 que era o meu grau de alavancagem financeira, faz com que eu chegue no ROE que é de 18,4. Agora, aquele 14,7 de ROA pode ser decomposto ainda margem líquida e giro de ativo. A margem líquida era 10,2% o giro de ativo 1,44. Se eu multiplicar 10,20 por 1,44 eu vou chegar no 14,7 que é o meu ROA. E o ROA vezes uma GAF de 1,25 chega nos 18,4 de ROE. Então resumo, o meu ROE ele vem de margem líquida, vezes giro do ativo, vezes o grau de alavancagem financeira. 10,20% de margem líquida, 1,44 de giro de ativo e 1,25 de grau de alavancagem financeira, gerando total de 18,4 de ROE. Então nós vamos pegar exemplo aqui só pra gente olhar que alguns negócios eles precisam de mais giro, outros negócios precisam de mais margem. Imagine agora que você tem uma joalheria e sacolão. Suponha que os dois têm o mesmo ROA. Por alguma razão eles têm o mesmo ROA. Agora como é que você espera que seja decomposto termos de giro e margem? Vamos lembrar, uma joalheria, ela geral quando você olha, tem pouca gente lá comprando. O giro da mercadoria é menor. Ou seja, para cada investimento no estoque, que é caríssimo, o volume de vendas da empresa não é muito grande. Ela precisa ter estoque grande para as pessoas poderem escolher que joia que realmente elas querem e a mercadoria fica possivelmente estoque bastante tempo até vender. Como é que ela conseguiu então o ROA melhor? Porque a margem da joalheria vai ser muito maior. Agora se olhar para sacolão, a ideia do sacolão que vende até mercadoria perecível, nem pode estocar por muito tempo, essas mercadorias tem que entrar e sair, entrar e sair. Praticamente sacolão vai diariamente no centro distribuição comprar alimentos novos e a ideia é que esses alimentos saiam ali dois dias no máximo. Então o giro é bastante elevado. Agora como existe muita competição nessa área, a margem vai ser bem pequenininha. Então os sacolões vendem com margem pequena e giro alto. As joalherias vendem com margem alta e giro pequeno e elas podem até gerar o mesmo ROA. Se a gente pegar agora, a gente pode usar aqui uma tabelinha interessante feita para o mercado americano de algumas empresas principais para a gente fazer algumas comparações, não é? E eu tô decompondo então ROE de várias empresas americanas margem de lucro, giro de ativo e alavancagem financeira. Se a gente olhar aqui para margem de lucro, a gente pode olhar, por exemplo, que a Duke Power, que é uma empresa de energia elétrica, teve a maior margem de todas. Mas ela não gerou o maior ROE, o maior ROE foi, se a gente olhar na tabela, o ROE da Hewlett-Packard, de 20,6%. Puxa, mas ela tem uma margem menor. Como é que ela fez isso? Ela teve giro de ativo de 1,29 e uma alavancagem 2,06. Então veja que aqui a gente consegue comparar setores diferentes, como é que eles estão atuando. Se eu for olhar, por exemplo, bancos eles têm uma alavancagem financeira super elevada, por quê? Para cada dinheiro dos investidores do banco, ela pega bastante dinheiro emprestado no mercado. Por outro lado, tem empresas que vai ter giro de ativo bastante elevado. Se a gente for observar aqui, uma empresa de alimentos ela tem bastante giro de ativo. Então a Food Lion, por exemplo, teve 3,1 de giro de ativo e assim a gente consegue comparar entre vários setores e entender as diferenças como é que elas estão gerando resultado para os acionistas. Então resumo, o enfoque DuPont vai fazer o seguinte: eu vou pegar o ROE, vou decompor ROA e grau de alavancagem financeira, o produto dos dois gera o ROE. E o ROA, vem de onde? Margem líquida, vezes giro do ativo. E o grau de alavancagem? Passivo total sobre patrimônio líquido. Lembrando que passivo e PL total é a mesma coisa que o ativo total. Eles sempre são iguais por definição, eles são calculados por diferença. E agora a gente pode decompor melhor. A margem líquida vem de onde? Lucro líquido sobre receita. O giro do ativo vem de onde? Receita sobre ativo total. O passivo total inclui o passivo circulante, não circulante e o patrimônio líquido. Ou seja, o passivo total e PL é passivo circulante, passivo não circulante e patrimônio líquido. Se eu dividir por patrimônio líquido chegarei no meu grau de alavancagem financeira. E o lucro líquido, de onde vêm? Receita, menos gastos operacionais, menos despesas financeiras, menos Imposto de Renda e CSLL, Contribuição Sobre o Lucro Líquido, que é o imposto que se paga no Brasil sobre renda também. E o gasto operacional eu posso dividir custos de produtos vendidos e despesas de vendas e despesas administrativas. O meu ativo total eu consigo decompor circulante e não circulante. Então aqui eu consigo juntar o meu balanço, o meu DRE, e chegar a uma conclusão como que eles estão direcionando esse resultado do ROE. Esse é o resumo do enfoque DuPont que foi uma proposta criado 1920 na empresa DuPont e desde então se usa bastante essa abordagem para analisar como que as empresas estão gerando resultados. Se a gente olhar ainda, a gente vai ter aqui ativo circulante, eu posso decompor caixa, contas a receber e estoques, e o não circulante imobilizado, investimentos e intangível. Vamos aplicar isso agora na nossa análise de varejo. Se eu pegar as quatro principais empresas de varejo no Brasil, vamos ver uma análise DuPont dessas quatro principais empresas. Então se eu calcular o ROE da Renner, Guararapes, Marisa e Hering, eu vou notar que o melhor ROE foi da Renner. Ou seja, a empresa que gerou o melhor resultado para acionista foi a Renner. A segunda foi a Hering, a terceira a Guararapes, que é a Riachuelo, e a Marisa gerou prejuízo de 8,7% sobre o investimento feito pelos acionistas. E isso tudo 2016. Como é que esse resultado foi gerado? Então vamos ver a decomposição embaixo. Se eu olhar o grau de alavancagem financeira, vezes o giro, vezes a margem e calcular cada desses indicadores e colocar na tabela, eu posso verificar, por exemplo, que o grau de alavancagem financeira maior aqui foi da Marisa. Ou seja, a empresa que está mais endividada. E a menor, da Hering. O giro de ativo, a Guararapes teve giro baixo. Ou seja, ela deve ter trabalhado com mais estoques, deve ter trabalho com mais ativos do que as suas concorrentes. Por outro lado, a margem líquida maior foi da Hering. A margem líquida da Renner foi menor. Mas então por que que o ROE da Renner foi maior que da Hering? Se a gente olhar aqui o giro do ativo foi muito próximo, 1 e 0,97 são números parecidos. Mas a GAF foi bastante maior. Ou seja, a Renner alavancou os seus resultados para os acionistas com mais endividamento. A Hering já não. Lembra que a Hering ela tem o endividamento bem menor, então ela tem uma GAF de 1,26. Para cada real que os acionistas colocam, só 0,26 vêm dos credores. No caso na GAF da Renner ela é bem maior, então com isso ela conseguiu alavancar resultado e gerar ROE bem melhor. Então resumo, a Renner tem o maior resultado combinado por uma margem líquida elevada e também uma alavancagem elevada. A Hering, apesar da margem muito boa, a melhor do mercado, não está tão alavancada como a Renner e portanto não conseguiu ROE tão grande para os seus acionistas. A Guararapes tem giro baixo, estava com estoques elevados. E a Marisa teve uma margem negativa por manter despesas muito elevadas de margens baixas. Então a Marisa nesse caso, nesse quesito, foi a pior empresa. A única coisa que a Marisa teve de melhor foi o seu giro de ativo, porque possivelmente ela não estava muito bem e manteve menos estoque nas lojas, manteve menos valores nas lojas, conseguiu giro maior de ativo, mas não conseguiu gerar resultados satisfatórios para o mercado. Então veja que a importância da análise DuPont, eu consigo entender melhor de cada dos ROEs que eu calculei para as empresas como que isso foi gerado e da onde veio. Eu consigo fazer essa decomposição. Essa é a decomposição DuPont e que vai me ajudar bastante a interpretar o que está acontecendo na história de uma empresa e como que ela tem gerado os resultados nos últimos anos. [MÚSICA] [MÚSICA]